O bem-estar psicológico da população precisa ser um tema de atenção para todos, visto que de acordo com a Organização Mundial de Saúde quase um bilhão de pessoas vivem com um transtorno mental. Isso reflete no ambiente de trabalho, exemplo disso, houve um recorde de afastamentos por saúde mental nos últimos 10 anos no Brasil. Leia a seguir a explicação dos afastamentos e a importância de buscar tratamento.
Quais as principais causas dos afastamentos?
Em 2024, cerca de 472 mil solicitações de licença no INSS foram atendidas por questões de saúde mental, representando um aumento de 68% comparado ao ano anterior, mostram os dados obtidos do MPS pelo G1.
As principais causas foram: transtornos de ansiedade (141.414), episódios depressivos (113.604), transtorno depressivo recorrente (52.627), transtorno afetivo bipolar (51.314), transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de drogas e outras substâncias psicoativas (21.498) e reações ao estresse grave e transtornos de adaptação (20.873).
Esse crescimento expressivo reflete uma realidade preocupante. Para além das causas mais conhecidas para os transtornos psicológicos, como traumas, luto, mudanças drásticas na rotina, pressões sociais, também está tendo uma nova combinação de fatores, como instabilidade econômica, uso excessivo de redes sociais, insegurança financeira com o aumento do custo de vida, além das consequências da readaptação pós-pandemia.
No ambiente de trabalho, a sobrecarga, as longas jornadas, a exposição a ambientes tóxicos e o ritmo acelerado das transformações tecnológicas também têm contribuído para o adoecimento mental da população.
Atualização na NR-1
Tendo em vista a preocupação com a saúde mental dos trabalhadores, foi realizada uma atualização da Norma Regulamentadora n.º1 do Ministério do Trabalho e Emprego.
A NR-1 é a base das normas de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), com objetivo de prevenir acidentes e doenças ocupacionais.
A nova norma passaria a valer ainda esse ano, mas foi adiada para maio de 2026, quando entrará em vigor a obrigatoriedade dos empregadores avaliarem os riscos psicossociais. Se identificar riscos, a empresa deverá adotar medidas preventivas e corretivas, registrando tudo em relatórios, que serão auditados pelas autoridades responsáveis.
A norma não exige a contratação fixa de psicólogos, mas as empresas podem buscar profissionais para auxiliar no processo.
Buscar tratamento
A OMS aponta que 328 milhões de pessoas no mundo têm transtorno de ansiedade, mas apenas 1 em cada 4 pessoas afetadas recebe tratamento. Além de estigmas ultrapassados relacionados a fazer terapia, também tem a questão financeira de não conseguir pagar o tratamento. Segundo dados do IBGE, somente 46% dos municípios brasileiros possuíam políticas ou programas de atendimento a pessoas com transtornos mentais em 2023.
Buscar tratamento para a saúde mental não é sinal de fraqueza, mas de coragem e cuidado consigo mesmo. Pensando nisso, o SECHSEG fez parceria com uma psicóloga, Dilvania Santos, com um valor mais acessível, que atende em nossa sede. Para marcar sua consulta, entre em contato conosco: (62) 3212-1615 (Telefone Fixo) ou (62) 99252-2170 (WhatsApp).
Por fim, é preciso pensar em mudar práticas abusivas e escalas exaustivas no mercado trabalho. Assim, “o investimento na promoção da saúde mental beneficia toda a sociedade, porque promove ambientes de trabalho seguros e saudáveis, minimiza a tensão e os conflitos e melhora a fidelização do quadro de pessoal e o rendimento e a produtividade do trabalho” explica Vinícius Pinheiro, diretor do Escritório da Organização Internacional do Trabalho no Brasil.
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Presidente Marlos Luz
Referências:
